Jogo Sujo

Funcionários do DNIT e empresários fraudaram licitações em MG entre 2016 e 2019, denuncia MPF

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O chefe do Departamento de Infraestruturas de Transporte (Dnit) em Oliveira (MG), além de empresários da região, foram denunciados por fraudes em licitações pelo Ministério Público Federal (MPF). Os prejuízos com as fraudes podem chegar a R$ 4,9 milhões. O nome do chefe do Dnit ainda não foi divulgado pelos investigadores. O grupo é suspeito de fraudar licitações, atuar em esquemas de superfaturamentos e de cometer outros crimes em pregões e contratos celebrados no Dnit, entre 2016 e 2019, principalmente no município de Oliveira (MG). Os contratos fraudados eram relativos à manutenção e solução de pontos críticos em estradas de responsabilidade do Dnit no município mineiro.

De acordo com os investigadores, existe núcleo empresarial, formado por pessoas ligadas às empresas MTX Construções, CRM Construtora, Jabour Construções e Constrol Construções, e um núcleo formado por servidores do Dnit. Desse segundo núcleo, fazem parte o ex-chefe da unidade local do Dnit e o então superintendente do órgão em Minas Gerais e o substituto, além de pregoeiros e engenheiros. Os nomes ainda não foram revelados.

Os procuradores do MPF identificaram crimes em sete licitações, que resultaram no total despendido pelos cofres públicos de R$ 8.943.631,72 e danos ao erário calculados em R$ 4.956.621,21, conforme apurado pela PF e a CGU até o momento. Os valores totais pagos às empresas ultrapassam R$ 85 milhões.

O MPF contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e ressaltou que os fatos foram apurados ainda na primeira fase da Operação Rota BR-090 da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU).

Redação

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