Jogo Sujo

Secretário-chefe da Casa Civil de Rondônia é líder de organização criminosa, acusa MP

Sede governo de Rondônia

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) apontou o secretário-chefe da Casa Civil do governo de Rondônia, Júnior Gonçalves, como o líder de uma organização criminosa que frauda licitações no estado. Ele é investigado no âmbito da Operação Propagare, cuja segunda fase foi deflagrada hoje (14/5). O Ministério Público de Rondônia já pediu o afastamento cautelar de Júnior Gonçalves.

“Apurou-se que a organização criminosa é supostamente liderada pelo Secretário-Chefe da Casa Civil, que conta com o auxílio e colaboração de seu advogado particular, o qual detém importante função na interlocução entre o agente político com os servidores e empresários do ramo de publicidade, razão pela qual a promotoria de Justiça representou pelas medidas”, comunicou o Gaeco.

De acordo com os investigadores, a quebra de sigilo bancário indica a realização de pagamentos de vantagens indevidas ao secretário-chefe da Casa Civil. Os valores teriam sido obtidos por intermédio de contrato simulado de serviços e honorários advocatícios firmado com o auxílio do advogado de Júnior.

O grupo criminoso teria a intenção de garantir contratos de prestação de serviços de publicidade no âmbito do governo estadual. O MP já constatou que o prejuízo aos cofres ao público é milionário. Estima-se que as empresas beneficiadas por contratos superfaturados receberam mais de R$ 120 milhões do governo de Rondônia. A primeira fase da Operação Propagare foi realizada em fevereiro de 2020, quando foram descobertas fraudes em licitações para serviços de publicidade feitas pelo estado de Rondônia desde 2011, através da Superintendência de Gestão dos Gastos Públicos Administrativos.

O investigado e  secretário-chefe da Casa Civil de Rondônia, Júnior Gonçalves, afirma que se colocou à disposição para eventuais esclarecimentos.

“De antemão, esclareço a todos que confio na justiça e tenho total convicção de que a verdade prevalecerá”, disse.

 

Redação

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