Jogo Sujo

Governo do RJ renova contrato com OS suspeita de desviar doses da vacina contra a Covid-19

Hospital Azevedo Lima

Uma organização suspeita de desviar doses da vacina contra Covid-19 renovou o contrato de gestão hospitalar com o governo do estado do Rio de Janeiro por R$ 153 milhões. A Organização Social Instituto Sócrates Guanaes administra o Hospital Estadual Azevedo Lima, em Niterói (RJ), onde a Polícia Civil realizou na semana passada uma operação contra fura-filas da vacina. Investigadores descobriram que a Organização Social desviou doses que deveriam ser do público prioritário.

De acordo com os policiais, os enteados de um diretor da unidade foram beneficiados, mesmo não sendo do público-alvo. O delegado Thales Nogueira, da Delegacia de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro, revelou que a mãe dos jovens que receberam a dose irregularmente também tem cargo de gestão na OS Instituto Sócrates Guanaes. A investigação começou a partir de uma denúncia do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-RJ).

“Verificamos que as listas de vacinados estavam muito inconsistentes, com várias rasuras, vários espaços em branco, pessoas com idade incompatível sendo colocadas como acadêmicos de medicina”, informou o delegado.

Em fevereiro, uma comissão estadual listou, em 3 de fevereiro, uma série de irregularidades, como a existência de equipamentos quebrados, macas e equipamentos enferrujados, ultrassom da UTI neonatal em manutenção e alimentos não refrigerados.

A Secretaria de Saúde do estado do Rio de Janeiro informou que a prorrogação do contrato é “uma alternativa legal prevista para ter vigência enquanto o processo de licitação para gestão das unidades está em andamento”. A Secretaria informou ainda não haverá aditivo com esta prorrogação e que, com ela, não há prejuízo à assistência da população.

 

 

Redação

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