Jogo Sujo

Grupo cobrava propina na OAB-SP para encerrar processos no Tribunal de Ética

OABSP

A Polícia Federal realiza hoje uma operação para combater um esquema de cobrança de propina para encerrar processos disciplinares em tramitação no Tribunal de Ética, dentro do Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP). De acordo com os investigadores, há suspeitas de corrupção na OAB, além de tráfico de influência, advocacia administrativa e associação criminosa cometidos no órgão.

A Operação Ateliê, como foi batizada a ação, cumpre seis mandados mandados de busca e apreensão em São Paulo capital, Santana de Parnaíba e Jundiaí. Duas pessoas investigadas já foram afastados de suas funções na OAB. Caso sejam condenados, as penas podem alcançar 12 anos de prisão.

Ação de hoje é um desdobramento da Operação Biltre, de 2020

Os investigadores começaram a apurar os crimes cometidos ainda em setembro de 2020, após o recebimento da denúncia de um advogado, que afirmou ter sido vítima de um grupo composto por um empresário e dois advogados. Um deles era membro do Conselho Seccional da OAB em São Paulo. O grupo solicitava propina para retirar de pauta e encerrar processos disciplinares em tramitação no Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-SP.

A ação consiste em um desdobramento da Operação Biltre, efetuada em  novembro de 2020 também na OAB-SP. Na ocasião, a polícia também identificou um esquema de cobrança de propina e corrupção na OAB para encerrar processos disciplinares em tramitação. O grupo criminiso teria cobrado R$ 250 mil de uma das vítimas. Na época, a entidade informou cooperar com as autoridades competentes “visando à irrestrita elucidação dos fatos e à responsabilização daqueles que eventualmente possam ter cometido quaisquer condutas irregulares se houver.”

Redação

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