Jogo Sujo

Impressão de provas do Enem foram superfaturadas em R$ 130 milhões, diz PF

Polícia Federal

A impressão de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) está sob suspeita de superfaturamento de R$ 130 milhões. A Polícia Federal está investigando indícios de fraude em contratos firmados com as gráficas que imprimiam os exames entre 2010 e 2019. Uma operação deflagrada nesta terça-feira (7/12) cumpriu 41 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo.

Servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) teriam favorecido as empresas em contratos milionários. Os funcionários do Inep também são suspeitos de enriquecimento ilícito. Os envolvidos teriam obtido um enriquecimento ilícito de cerca de R$ 5 milhões durante o esquema.

De janeiro a fevereiro de 2019, servidores do Inep teriam driblado a licitação para a impressão de provas do Enem com o objetivo de garantir o contrato com a Valid. As duas primeiras empresas colocadas no processo foram desclassificadas para beneficiar a empresa, de acordo com os investigadores. De 2010 a 2018, a multinacional RR Donnelley foi a responsável pela impressão das provas do Enem. Em 2019, decretou falência e deixou de imprimir os exames.

A RR Donnelley e a Valid receberam um total de R$ 880 milhões. A organização criminosa, sustenta a PF, é composta por empresários, funcionários das empresas e servidores públicos. Os suspeitos podem ser condenados por crimes contra a lei licitações, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A Justiã ainda determinou o sequestro de R$ 130 milhões das empresas suspeitas e das pessoas investigadas.

Redação

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