Jogo Sujo

Justiça quebra sigilo bancário e fiscal de Carlos Bolsonaro no caso das “rachadinhas”

Carlos Bolsonaro

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, após pedido do Ministério Público do RJ, determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro. A determinação judicial ocorre no âmbito da investigação sobre a existência de funcionários “fantasmas” no gabinete do político. Além de Carlos Bolsonaro, 26 pessoas e sete empresas também tiveram seus sigilos bancário e fiscal quebrados.

Os investigadores suspeitam que o gabinete de Carlos Bolsonaro pagou R$ 7 milhões a funcionários suspeitos de serem ‘fantasmas’. A investigação já dura dois anos. Porém, é a primeira vez que o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) levanta a possibilidade de um esquema de “rachadinha” no gabinete do vereador.

Carlos Bolsonaro já está em seu sexto mandato consecutivo como vereador. Pelo seu gabionete, ao longo de 20 anos, dezenas de pessoas já passaram. O regulamento da Câmara do Rio determina que os assessores precisam cumprir uma jornada de trabalho de 40 horas semanais. No entanto, o MP tem indícios de que vários dos assessores nomeados não cumpriam expediente na casa.

Além disso, o MP afirma que Carlos Bolsonaro mantinha e utilizava grandes quantias de dinheiro vivo ao longo dos mandatos como vereador no Rio. Em 2003,  o vereador pagou R$ 150 mil em espécie na compra de um apartamento no bairro da Tijuca. Já em 2009, entregou R$ 15,5 mil em espécie pra cobrir um prejuízo que teve na Bolsa.

Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf,  citado na investigação,  aponta duas operações financeiras suspeitas envolvendo Carlos. Uma delas envolve R$ 1,7 milhão, feita por Rogéria Nantes Bolsonaro, sua mãe, entre 2007 e 2019. O vereador era sócio de uma empresa junto com a mãe.

Os assessores do gabinete de Carlos Bolsonaro, suspeitos de serem funcionários “fantasmas”, foram divididos em seis núcleos pelos investigadores.Um deles é formado por parentes de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro e mãe do quarto filho do presidente da República, Jair Renan.

Redação

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