O ex-executivo do Grupo Odebrecht Maurício Ferro, o advogado Nilton Serson e o ex-presidente da Braskem, Bernardo Gradin, são os alvos da 63ª fase da Operação Lava Jato, denominada Carbonara Chimica. Segundo a Polícia Federal, foi determinado o bloqueio de R$ 555 milhões dos investigados, além de oito mandatos de busca e apreensão. Os policiais também cumprem dois mandados de busca e apreensão na Bahia. Maurício Ferro e Nilton Serson foram presos e levados para a sede da Polícia Federal em São Paulo, enquanto o apartamento de Gardin em Salvador foi alvo de buscas. Ferro é casado com uma irmã de Marcelo Odebrecht.
Na planilha “Italiano”
era Palocci e “Pós-Itália” era Mantega
A investigação
indica que a Odebrecht fazia pagamento de propina periódica aos dois
ex-ministros Guido Mantega e Antônio Palocci. Os valores eram contabilizados em
uma planilha denominada “Programa Especial Italiano”. Em depoimento, Marcelo Odebrecht afirmou que
“Italiano” se referia a Palocci e “Pós-Itália” era Mantega.
Com a propina, eram aprovadas medidas provisórias, como um refinanciamento de
dívidas fiscais que permitiria a utilização de prejuízos das empresas como
forma de pagamento.
De acordo com o MPF, a Braskem, a mando de Ferro, pagou R$ 78 milhões ao advogado Nilton Serson por meio de 18 contratos fictícios de advocacia. A investigação aponta que pelo menos um desses contratos tratava das discussões envolvendo o crédito de IPI. Também há indícios de que Serson recebeu US$ 10 milhões do setor responsável pelo pagamento de propinas da Odebrecht em contas mantidas no exterior.
Fonte: Folha de S.Paulo
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