Jogo Sujo

Militares são investigados pelo TCU por suspeita de fraude em licitação para compra de móveis

Militares

O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou uma investigação da conduta de militares do Exército e da Aeronáutica em uma licitação para a aquisição de móveis de escritório. A suspeita é que os militares teriam facorecido uma empresa de Brasília no certame. Uma das concorrências, realizada por uma unidade do Exército, poderia chegar ao valor de R$ 120 milhões.

A suspeita foi relatada pelo ministro Benjamin Zymler. As licitações investigadas pelo TCU foram promovidas por uma unidade da Aeronáutica em Minas Gerais, o Grupamento de Apoio de Barbacena, e pela 11ª Brigada de Infantaria Leve do Exército de Campinas (SP). Nesta última, o valor pode chegar a R$ 120 milhões.

No caso da licitação em Campinas, a ata contaria com 112 itens, entre mesas, armários, gaveteiros, estações de trabalho, lixeiras, poltronas giratórias, cadeiras e sofás. Já na Aeronáutica, o pregão foi realizado para comprar mais de mil poltronas acolchoadas para o auditório Eduardo Gomes (1896-1981). Neste caso, o valor foi estimado em pouco menos de R$ 1 milhão.

As duas licitações foram vencidas por empresas de Brasília, a Forma Office e a Forma Style. Ambas têm os mesmos donos, Gilberto Schoffen e Gil Campos. O TCU ainda identificou outras licitações vencidas pela Forma Office e pela Forma Style com indícios de irregularidades, promovidas pelo Comando da 11ª Brigada de Infantaria Leve (em 2019) e pelo Grupamento de Apoio de Barbacena, em 2020.

Redação

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