Jogo Sujo

MP investiga dispensa de licitação na Prefeitura de Juiz de Fora

Prefeitura de Juiz de Fora

Um contrato de seis meses no valor de R$ 2,3 milhões sem processo licitatório foi assinado entre empresa de transportes e o Município

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) instaurou um inquérito para investigar possíveis irregularidades em dispensa de licitação realizada pela Prefeitura de Juiz de Fora (MG). Em junho, o Executivo publicou no Atos do Governo a contratação da empresa Jeová Jired Transportes BR Ltda, conhecida como Zamed Log, que originou a abertura do inquérito. Conforme o documento, foi assinado um contrato de seis meses a custo de R$ 2,3 milhões. Entretanto, não foi realizado um processo licitatório para a contratação da empresa.

De acordo com o MPMG, será analisado a “prestação de serviços de logística, caracterizando armazenagem, gestão de estoques, separação, embalagem, expedição e distribuição de medicamentos, imunobiológicos, correlatos, insumos, materiais médicos hospitalares e demais bens materiais, com a disponibilização de mão de obra, equipamentos e demais itens necessários”.

Foram requisitados documentos para análise e ainda corre o prazo para o Município responder aos pedidos. Em nota, o Executivo informou que a Prefeitura de Juiz de Fora recebeu o ofício e que prestará todas as informações.

Dispensa de licitação também foi denunciada na cidade de Palma
Ainda no estado mineiro, o MP denunciou o prefeito de Palma, na Zona da Mata, também por dispensa ilegal de licitação em contrato firmado com escritório de advocacia para tentar recuperar judicialmente valores não repassados ao município pelo extinto Fundef. Um ex-prefeito, um ex-procurador municipal e o sócio do escritório de advocacia também foram denunciados pelo MPMG.

Segundo a Procuradoria de Justiça Especializada em Crimes Praticados por Agentes Políticos Municipais, os problemas começaram em 2016, quando o ex-prefeito contratou a consultoria jurídica sem qualquer formalidade ou justificativa, apenas lhe outorgando uma procuração para atuar na Justiça Federal, mediante o pagamento de honorários no valor de 20% do valor a ser recuperado. E em 2017, o atual prefeito, com o aval do então procurador municipal, para regularizar essa situação ilícita, usou irregularmente a modalidade conhecida como inexigibilidade de licitação para contratar o escritório de advocacia, o qual já prestara os serviços usando da procuração outorgada pelo ex-prefeito.

Fonte: G1 e MPMG

Redação

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