Jogo Sujo

MPF solicita investigação de desembargadores do TJ-GO citados no caso do padre Robson

Padre Robson

O Ministério Público Federal (MPF) solicitou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que investigue se os desembargadores do Tribunal de Justiça de Goiás citados no caso do padre Robson, que foi reitor da Basílica Divino Pai Eterno, de Trindade (GO), receberam vantagens indevidas do sacerdote. O padre está sendo investigado por suspeita de crimes de lavagem de dinheiro, apropriação indébita e falsidade ideológica. A subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, que fez o pedido, afirma que há indícios de crime de corrupção passiva e, por isso, a necessidade de abertura de inquérito.

Uma reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, divulgou supostas mensagens do celular do sacerdote indicando a existência de favorecimento jurídico e corrupção entre o padre e magistrados. Em uma delas, o padre comenta:”Se você pudesse matar ele pra mim (sic), eu achava uma bênção”, disse.

De acordo com o MPF, o religioso contava com a ajuda de autoridades mediante pagamento de propina e outros favores. O advogado que representa o padre afirmou à imprensa que “a defesa não tem nada a falar sobre a decisão do MPF, por ser a respeito dos magistrados, mas nega que tenha havido um pagamento de vantagem a qualquer pessoa do poder Judiciário ou à polícia do estado de Goiás”.

O padre Robson é suspeito de movimentar ilegalmente cerca de R$ 2 bilhões ao longo de 10 anos por meio de projetos criados pelo padre, como a Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe). Fazendas, um avião e uma casa de praia teriam sido obtidos com o desvio das doações feitas por empresas e fiéis. 

Redação

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