Jogo Sujo

Presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina é preso em nova fase da Operação Alcatraz

O presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina Alesc, Julio Garcia (PSD)

O deputado e presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), Julio Garcia (PSD), foi um dos presos durante a nova fase da Operação Alcatraz, deflagrada nesta terça-feira (19/01). Ele teve a prisão domiciliar decretada com uso de tornozeleira. Além dele, o diretor da Apporti Soluções em Tecnologia, Jefferson Colombo, foi preso preventivamente.

A Operação Alcatraz procura investigar e combater crimes de fraude em licitação, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Os agentes cumpriram 34 mandados de busca e apreensão, 11 mandados de prisão preventiva e nove de prisão temporária em Florianópolis, Joinville, no Norte e Xanxerê, no Oeste.

A nova fase batizada de Hemorragia investiga contratos firmados pelas secretarias estaduais, por empresários do setor de tecnologia e por servidores públicos. As contratações para a execução de serviços eram feitas sem cotação. Os orçamentos eram apresentados por empresas que possuíam relacionamento societário ou comercial entre si, afirmam os investigadores. A polícia identificou pagamentos irregulares que ultrapassam R$ 500 milhões.

Foram deferidas medidas cautelares, inclusive afastamento de função pública, proibição de contato com os outros investigados e de se ausentar do país, além de um bloqueio do patrimônio dos investigados em valores que variam de R$ 928 mil a R$ 37 milhões.

A Operação Alcatraz foi deflagrada em maio de 2019 em Santa Catarina. Desde então, a Polícia Federal descobriu outras irregularidades em contratos assinados pelo governo estadual.

Em outubro de 2019, conforme o blog noticiou, um dos relatórios da Operação Alcatraz entregue pela Polícia Federal à Justiça já havia identificado o presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), o deputado Julio Garcia (PSD), como sócio oculto da Apporti.  A empresa venceu  licitações da Secretaria de Administração. O deputado e outras 20 pessoas foram indiciados, na época, pela Polícia Federal.

Redação

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