Jogo Sujo

PF abre nova investigação sobre denúncia de vazamento de operação a Flávio Bolsonaro

flavio bolsonaro

Empresário Paulo Marinho relatou que, após receber informação de delegado durante campanha presidencial, Flávio afastou Queiroz de seu gabinete

A Polícia Federal informou que vai abrir uma nova investigação para apurar o suposto vazamento da Operação Furna da Onça ao senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), de acordo com denúncia do empresário Paulo Marinho, que apoiou a campanha de Jair Bolsonaro.

“Todas as notícias de eventual desvio de conduta devem ser apuradas e, nesse sentido, foi determinada, na data de hoje (17 de maio), a instauração de novo procedimento específico para a apuração dos fatos apontados”, comunicou em nota a PF no último domingo.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu à Polícia Federal que interrogue o empresário Paulo Marinho. O pedido foi feito à PF por meio de um ofício da PGR, no âmbito de um inquérito relatado pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal.

Entenda a denúncia
Segundo o empresário Paulo Marinho, o filho do então candidato à presidência foi avisado em 2018 por um delegado da PF sobre a operação que deixaria em evidência o ex-assessor dele, Fabrício Queiroz, e que o colocou em uma investigação sobre a prática de “rachadinha” e de desvios de dinheiro público. Flávio teria sido avisado da existência de tal operação entre o primeiro e o segundo turnos das eleições de 2018, por um delegado que era simpatizante da candidatura de Bolsonaro.

Os policiais teriam, inclusive, segurado a operação, então sigilosa, para que não ocorresse durante o pleito, o que poderia prejudicar a candidatura do então deputado federal. Além disso, o informante teria aconselhado Flávio a demitir o assessor Fabrício Queiroz e a filha dele, que trabalhava no gabinete do pai do parlamentar em Brasília, o que ele fez em outubro daquele ano.

O empresário Paulo Marinho se aproximou de Flávio durante a campanha eleitoral de 2018. Ele foi um dos apoiadores mais importantes de Jair Bolsonaro na disputa à presidência. A casa do empresário, na Zona Sul do Rio, foi usada para reuniões e gravações de campanha. Paulo Marinho disse que foi no local, em dezembro daquele ano, com Jair Bolsonaro já eleito, que Flávio contou que foi avisado por um delegado da Polícia Federal de uma operação que deixaria em evidência o ex-assessor dele, Fabrício Queiroz.

A defesa de Flavio Bolsonaro
Flávio Bolsonaro, por sua vez, de defendeu, dizendo que Paulo Marinho tem interesse em prejudicá-lo por ser seu suplente no Senado. E questionou Paulo por ter feito a denúncia quase dois anos depois. Disse ainda que as histórias não passam de invenção de alguém desesperado e sem votos. O Palácio do Planalto afirmou que a denúncia não é verdadeira e que apoia Flávio Bolsonaro.

Empresário recebe proteção do estado do RJ
Após relatar ameaças de morte ao governador Wilson Witzel, Paulo Marinho foi informado que vai receber segurança especial da Polícia Militar. O oferecimento foi feito pelo governo do Rio de Janeiro depois de um pedido do próprio suplente de senador e presidente do PSDB-RJ..

Redação

Comentar