Jogo Sujo

Polícia Civil do Rio investiga desvios de vacina no estado com apoio do Conselho de Enfermagem

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O Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LDA) da Polícia Civil já começou a investigar casos de desvios de vacinas no estado do Rio de Janeiro. Reuniões foram feitas com representantes do Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ) para criar estratégias de cruzamento de dados sobre quem foi vacinado por meio de CPF. Os investigadores também devem receber relatórios das instituições de saúde com essas informações.

O objetivo da é garantir que os grupos prioritários, com enfermeiros e demais profissionais de saúde, realmente recebam as doses iniciais da vacina contra a Covid-19.

Agentes de saúde denunciam ameaças violenta para desviar as vacinas

Há uma série de denúncias vindas de todo o estado fluminense, desde desvios de vacinas a furadas de fila por parte de autoridades que levam a família para se imunizar. Também houve relatos de coação, ameaças com violência e sem condição de reação por parte dos agentes de saúde que aplicam as vacinas. O Conselho de Enfermagem contará com o apoio da própria enfermagem para relatar casos de abusos.

O delegado Thales Nogueira informou que, em 48 horas, a polícia receberá os dados do número de vacinas de estoque e os dados das pessoas vacinadas. Esses dados serão então cruzados para identificar eventuais desvios.

— A vacina é um bem público e, um bem público escasso. O desvio dessas doses implica o crime de Infração de medida sanitária, que tem pena de detenção de até um ano e, a depender do caso, pode resultar até em um crime mais grave como peculato-desvio, corrupção ativa e passiva, que têm penas que chegam até 12 anos de reclusão. A Polícia Civil atuará de forma enérgica contra qualquer interferência nas medidas de combate à pandemia — ressaltou o delegado Thales.

Redação

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