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Suspeita de ‘rachadinha’: vereador de Guarapuava (PR) é investigado pela Polícia

Sidão Oreiko

A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao vereador Sidão Oreiko (DEM), de Guarapuava, na região central do Paraná. As buscas foram realizadas nesta quarta-feira (18/5). O vereador é suspeito da prática de “rachadinha”, ou seja, quando assessores entregam a parlamentares parte dos salários.

Uma servidora da Fundação Proteger, indicada ao cargo por ele, fez a denúncia. Ela afirmou à polícia que estava sendo obrigada a repassar valores em dinheiro, retirados do seu salário, ao vereador, sob ameaça de exoneração.

De acordo com a denúncia, as cobranças começaram logo no primeiro salário recebido pela servidora. Nos primeiros meses, a funcionária pagou o vereador com cestas básicas. No entanto, Sidão Oreiko exigia que fossem nos valores de 120 a 150 reais. Na Páscoa e Dia das Crianças, ela era obrigada a que ajudar com doces e outros itens comida doados para crianças carentes.

Exigência de entrega do 13º salário e ameaças de exoneração e morte

Nos meses seguintes, as exigências aumentavam: o vereador do DEM cobrou uma quantia fixa de R$ 200, depositados na conta bancária do seu irmão. Já o 13º salário deveria ser repassado integralmente. A servidora também teria sido ameaçada de morte. Há a suspeita de que outros servidores tenham sido alvos da prática.

“Esse vereador utilizaria de outras pessoas para receber parte desse valor. Era exigido mensalmente parte do salário dessa funcionária”, afirmou o delegado Bruno Maciozek.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos na residência e no gabinete de Sidão Oreiko na Câmara de Guarapuava, e também na casa do irmão do parlamentar. Na residência do irmão, foi encontrada uma caderneta dentro de um alçapão com anotações de nomes e valores referentes que podem se referir às rachadinhas.

A Polícia Civil instarou um inquérito para investigar os possíveis crimes de concussão e lavagem de dinheiro.

Redação

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