Jogo Sujo

Câmeras nas fardas: empresa tentou contratar firma de sócio de PM do RJ

PMERJ

De acordo com reportagem publicada nesta sexta-feira (03/6) pelo Uol, o grupo responsável pela implementação de câmeras nos uniformes de agentes de segurança pública do Rio de Janeiro tentou contratar a empresa de um sócio de um oficial da Polícia Militar. A L8 Group é responsável pelas contratações para realizar parte das instalações elétricas do sistema adotado pelo governo Cláudio Castro.

Cedido para a Secretaria Estadual de Governo, o tenente-coronel da PM Fábio Villela de Pinho é o atual superintendente da Operação Lei Seca. A Secretaria a assinou dois contratos para o uso das câmeras com a L8 Group em um valor total de cerca de R$ 6,4 milhões. Um dos contratos de R$ 852 mil é destinado aos agentes da Lei Seca.

A Persona Plus Serviços, empresa que ficaria responsável por instalações elétricas do sistema de câmeras em três contratos, cujo valor total poderia ultrapassar os R$ 3 milhões, tem como dono Rodrigo Campos Costa. Ele é sócio do tenente-coronel Pinho em outra firma sediada no bairro do Méier: a Ecolog Transporte, Locação e Serviços.

Segundo o governo do Rio, o tenente-coronel Pinho “afirma não ter nenhum vínculo” com a Persona Plus. Em nota, o governo de Cláudio Castro acrescenta que “Não há objeção legal para subcontratações feitas por empresa vencedora de licitação, desde que a aquisição ou o serviço não seja o objeto principal, no caso as câmeras portáteis”.

Mesmo asism, o governo fluminense suspendeu “preventivamente” a contratação da Persona Plus, enquanto a L8 Group comunicou que desistiu do serviço. A empresa afirma que os serviços de instalações elétricas serão realizados por outra firma “até que se tenha uma posição acerca da vedação da Persona [Plus]”.

Redação

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