No âmbito da Operação Argentários, a Polícia Civil prendeu temporariamente o vereador de Porto Alegre, André Carús (MDB). Ele é acusado de obrigar assessores a fazer empréstimos consignados e entregar o dinheiro para ele. Outras três pessoas foram presas, uma delas em flagrante por porte ilegal de arma. Foram cumpridas três ordens de prisão e 10 de busca e apreensão, inclusive no gabinete do parlamentar, na Câmara de Vereadores da capital gaúcha, na residência dele e de assessores.
Carús negou as acusações:
“Nunca fiz isso, jamais. Jamais, nem tenho notícia de que isso pode ter acontecido no meu gabinete. Para mim é novidade”.
A presidente da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, Mônica Leal (PP), disse que aguarda o resultado da investigação:
“Estamos discutindo quais serão as medidas. Qualquer pessoa pode entrar com um pedido de cassação. Um cidadão comum, um vereador, assim como a presidente. Vai depender da confirmação de todos esses fatos. É muito grave”, disse a vereadora.
Esquema revelado por ex-assessora que foi demitida
As informações foram reveladas por uma ex-assessora, que fez três empréstimos no valor total de R$ 100 mil. Ela disse que entregou todo o dinheiro a Carús, e que a maior parte do salário de R$ 14 mil era usado para pagar as parcelas do empréstimo. Ela decidiu fazer a denúncia depois de ter sido demitida.
“No início ele dizia que eram dívidas que ficaram da campanha que ele tinha que pagar e ele não tinha como. Que isso, na verdade, ficaria no primeiro ano de mandato e depois isso findaria, mas só que nunca teve fim. Cada vez foi só aumentando a dívida”, afirmou.
“Não podemos descartar essa hipótese que outras pessoas também tenham se locupletado de alguma forma a partir do valor desses empréstimos que foram contraídos juntos a esta instituição financeira, se, com alguma parte ou com o valor integral de cada um desses empréstimos. É isso que, a partir das provas que apreendemos na data de hoje, vamos verificar”, disse o delegado Max Ritter.
O outro lado
A defesa de André Carús protocolou no dia seguinte à prisão um pedido de licença na Câmara Municipal de Porto Alegre. O pedido foi aceito pelos vereadores da Casa. A licença é por tempo indeterminado. De acordo com o advogado Jader Marques, a medida tem como objetivo afastar suspeitas de que o parlamentar possa interferir nas investigações e “reafirma seu compromisso de colaborar com o inquérito”.
“Facilita, tira o constrangimento da Câmara, porque se ele mantivesse a atividade, seria um constrangimento”, comentou o líder do PT, Marcelo Sgarbosa.
[…] a segunda fase da Operação Argentários busca investigar o núcleo financeiro do suposto esquema. Na primeira etapa da ofensiva, no dia 1º de outubro, o vereador André Carús (MDB) foi preso suspe…. Carús — que se licenciou do cargo por tempo indeterminado — teve a prisão temporária […]
que isso, é mentira, ele é um santo !
e agora, quem vai pagar os empréstimos?
A presidente da Camara já saiu em defesa do santinho..Deve ser porque os vereadores fazem igualzinho!
Ouvi dizer que quanto a polícia apareceu lá na Câmara o quarteirão tremeu e os ratos saíram dos bueiros…
É a famosa rachadinha…..se procurarem, vão prender MUITO MAIS!