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Coronavírus: Operação Greenfield destina R$ 26,9 milhões para a Fiocruz

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Dinheiro depositado em acordo de leniência firmado com a J&F financiará a compra de 1,8 milhão de testes rápidos para detectar anticorpos

A Justiça Federal acolheu pedido da Força-Tarefa Greenfield, com a concordância da J&F, e determinou a destinação imediata de R$ 26,9 milhões para a Fundação Oswaldo Cruz. A cifra milionária financiará a aquisição de 1,8 milhão de testes rápidos para diagnóstico do novo coronavírus. O recurso estava depositado em conta escritural da Caixa Econômica Federal, como parte do montante previsto para atender projetos sociais no acordo de leniência firmado com a J&F.

O pedido foi enviado à 10ª Vara de Justiça no último domingo (29/3), sob regime de urgência máxima, dado o avanço da covid-19 no país. A decisão ocorreu nessa quinta-feira (2/4). A iniciativa de destinar os recursos diretamente para a Fiocruz foi motivada por pedido realizado pela presidente da Fundação, via ofício endereçado à FT.

No documento, os procuradores sustentaram que “o enfrentamento da pandemia exige o diagnóstico rápido da doença, o que permitirá a adoção de medidas de prevenção e a cura mais eficientes, além de servir de mecanismo para pesquisas científicas e para a adoção de políticas públicas”.

Os testes rápidos têm a característica de detectarem dois tipos de anticorpos: o IgM e o IgG. O primeiro aparece quando o vírus está ativo no organismo do paciente. Já o segundo é encontrado quando a pessoa tem ou já teve contato com o vírus, desenvolvendo possível resistência à doença. Ou seja, esse tipo de teste viabiliza um panorama sobre a disseminação do vírus, revelando inclusive aqueles que não desenvolveram sintomas graves, mas que podem ter sido vetores de transmissão da doença.

Conforme publicado pelo blog, a força-tarefa Greenfield pediu na semana passada mais de R$5 bilhões a acusados de fraudes em fundos em pensão, a fim de empregá-los no combate ao coronavírus.

Redação

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