A quarentena por causa da pandemia do coronavírus acabou adiando operações da Lava Jato do Rio, que já estavam autorizadas judicialmente. Isso porque os procuradores da força-tarefa do estado estão trabalhando em regime de home office. De casa, eles conseguem analisar dados obtidos nas quebras de sigilos telefônico, digital e telemático e o conteúdo de acordos de colaboração.
A força-tarefa continuará fazendo as denúncias de forma eletrônica junto à 7ª Vara Federal Criminal, onde atua o juiz Marcelo Bretas, contra os envolvidos. A equipe realiza reuniões por videoconferências, nas quais são definidas estratégias de ação.
Uma das possíveis tarefas é o conteúdo da delação premiada com o empresário Eike Batista, já fechada com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Conforme o blog noticiou, Eike pagará R$ 800 milhões de multa, o maior valor pago individualmente até hoje à Lava Jato, que será destinado no combate ao coronavírus.
Outra provável futura ação é o desdobramento da Operação Armadeira, deflagrada em outubro de 2019 para prender auditores fiscais da Receita Federal que extorquiam réus da Lava Jato. Os investigadores, ao aprofundar o conhecimento sobre o esquema e ouvir os envolvidos, teriam descoberto um antigo e amplo sistema paralelo de blindagem fiscal de empresários.
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