O ex-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, esteve ontem (14/1) na 7ª Vara Federal Criminal, onde seria ouvido na condição de réu pelo juiz Marcelo Bretas, no âmbito da ação movida pelo Ministério Público Federal a partir das investigações da Operação Boca de Lobo. No entanto, Bretas ouviu apenas o réu Sérgio de Castro Oliveira, conhecido como Serjão. Operador financeiro dos esquemas de corrupção do ex-governador Sérgio Cabral, ele agora é oficialmente delator da Justiça.
Pelas regras do processo, delatores devem ser interrogados antes dos demais réus. A nova data do interrogatório de Pezão é 3 de fevereiro. No mesmo dia, Cabral também irá depor.
Serjão voltou a dizer que o ex-governador Pezão recebia “mesadas de propina”, de R$ 50 mil a R$ 150 mil, valores que “sempre foram entregues nas mãos de Pezão”.
“No primeiro governo do Sérgio Cabral, desde o segundo mês do governo, foi instituída uma vantagem para algumas pessoas do governo. Entre elas, o (futuro) governador Luiz Fernando Pezão”, afirmou.
Ao longo do tempo, segundo ele, a mesada teria aumentado.
“Começou com R$ 50 mil, depois passou para R$ 100 mil e depois para R$ 150 mil. Como se dava isso? O Vivaldo me entregava na Rua Coelho Neto. Algumas vezes, já me entregava com os envelopes prontos. Algumas vezes, me entregava em uma sacola e eu ia para uma sala na Secretaria de Governo. Ali, eu separava o que era de cada um e ia entregar”, completou Serjão.
O ex-governador, solto há um mês pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), nega as acusações.
[…] que deu origem à Operação Boca de Lobo sustenta que Pezão recebeu R$ 40 milhões em propina. Conforme o blog publicou, o esquema foi delatado por Carlos Miranda, operador de Cabral. Segundo o delator, Pezão recebia […]
Vai voltar pra cadeia?
O RJ continua lindo. Mar de lama