Jogo Sujo

Empresa de TI que assinou contrato com INSS tinha sede em distribuidora de bebidas

A Polícia Federal apura um desvio milionário de recursos públicos em contratos celebrados com a RSX Informática e o governo federal em 2017 e 2018. A empresa de Tecnologia da Informação (TI) tinha sede em uma distribuidora de bebidas. A Justiça Federal proibiu a empresa de celebrar contratos com a administração pública.

Os contratos foram feitos com o antigo Ministério da Integração Nacional, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e a Fundação Nacional da Saúde (Funasa).O valor total dos contratos é R$ 16 milhões. A organização criminosa ainda tentou firmar contrato com a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), mas não obteve êxito.

Uma espécie de “kit adesão”, comm odelos de documentos necessários para que outros órgãos formalizassem a adesão à ata de registro de preços do Ministério da Integração, era repassado aos servidores públicos cooptados. Tais servidores recebiam propina para dar início ao processo de adesão à ata do Ministério.

O ex-ministro da Integração em 2018, Antônio Pádua de Deus, é um dos alvos de operação conduzida pela PF. Buscas foram efetuadas, mas ele não foi encontrado. Outro alvo da operação no Distrito Federal é Francisco Paulo Soares Lopes, que foi presidente do INSS em 2018, subsecretário de Tecnologia da Informação em 2020  e atualmente atuava como assessor na Secretaria de Economia do órgão. Ele foi exonerado do cargo após a operação.

A Justiça Federal também determinou o bloqueio de R$ 22 milhões nas contas dos investigados, assim como o afastamento de servidores públicos de suas funções. Os envolvidos devem responder pelos crimes de peculato, organização criminosa, fraude à licitação, lavagem de dinheiro, falsificação de documento particular, corrupção ativa e passiva.

 

Redação

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