Jogo Sujo

Ex-deputado Edson Albertassi é condenado por nomear funcionários fantasmas

Edson Albertassi

A 4ª Vara de Fazenda Pública do Rio de Janeiro condenou o ex-deputado Edson Albertassi (MDB) pelo crime de improbidade administrativa. Ele teve os direitos políticos suspensos por oito anos por nomear assessores fantasmas. Dois assessores estiveram lotados no gabinete do deputado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), entre 2001 e 2011, mas nunca compareceram ao trabalho.

Os nomeados foram o pastor, presidente da Comunidade Evangélica Projeto Vida, de Volta Redonda, e sócio do ex-deputado, Joel da Costa Pereira, e Ozeni Elias Pereira, pai de Joel.

Em sua sentença, a juíza Maria Paula Galhardo, do Tribunal de Justiça do estado, destacou que Albertassi tinha plena consciência dos atos ilícitos que cometeu. O ex-parlamentar também está proibido de contratar ou receber benefícios do setor público por cinco anos e pagará multa no valor equivalente aos salários recebidos pelos assessores fantasmas.

“Não há a menor dúvida quanto à consciência da ilicitude pelo réu, deputado experiente, em seu sexto mandato parlamentar, tendo sido nomeado Presidente da Comissão de Orçamento, e, como tal conhecedor da estrutura da Alerj e dos princípios constitucionais da correta administração pública”, escreveu a juíza, que ressaltou a falta de qualificação dos assessores para os cargos os quais foram nomeados.

Em 2019, o Edson Albertassi havia sido condenado a 13 anos e quatro meses de prisão pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por corrupção passiva e organização criminosa no âmbito da Operação Furna da Onça, que desvendou um esquema de corrupção na Alerj.

Redação

Comentar