Jogo Sujo

Ex-presidente Lula é absolvido da acusação de corrupção para favorecer montadoras

Lula e Gilberto Carvalho

A Justiça Federal do Distrito Federal absolveu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu ex-chefe de gabinete Gilberto Carvalho e mais cinco pessoas acusadas pelo Ministério Público Federal de favorecer montadoras no âmbito da Operação Zelotes. O juiz federal Frederico Botelho de Barros Viana entendeu que a investigação não “demonstrou de maneira convincente” como Lula e Gilberto Carvalho “teriam participado no contexto supostamente criminoso”.

A denúncia do MP aceita em 2017 acusava o ex-presidente Lula de corrupção por ter editado a Medida Provisória 471 de 2009 para favorecer empresas do setor automotivo em troca de propina. Para os investigadores, R$ 6 milhões foram prometidos pelos empresários para financiar campanhas do PT.

A sentença afirma que, “embora existam elementos que demonstrem a atuação por parte da empresa de Mauro Marcondes — Marcondes e Mautoni — no que se refere à prorrogação de benefícios fiscais às empresas CAOA e MMC, não há evidências apropriadas e nem sequer minimamente aptas a demonstrar a existência de ajuste ilícito entre os réus para fins de repasse de valores em favor de Luiz Inácio Lula da Silva e Gilberto Carvalho”.

Para o magistrado, a acusação carece de elementos, ainda que indiciários, que possam fundamentar, “além de qualquer dúvida razoável, eventual juízo condenatório em desfavor dos réus”.

Empresários acusados de corrupção ativa também foram absolvidos no processo

Foram absolvidos, além de Lula, empresários acusados de corrupção ativa.

  • Gilberto Carvalho (ex-ministro e ex-chefe de gabinete de Lula)
  • José Ricardo da Silva (ex-conselheiro do Conselho Administrativo da Receita Federal)
  • Alexandre Paes dos Santos (lobista)
  • Paulo Arantes Ferraz (ex-presidente da MMC – Mitsubishi)
  • Mauro Marcondes Machado (empresário)
  • Carlos Alberto de Oliveira Andrade (empresário do Grupo Caoa).

O advogado do ex-presidente Lula, Cristiano Zanin, afirmou que a sentença proferida hoje para absolver seu cliente reforça que ele foi “vítima de uma série de acusações infundadas e com motivação política, em clara prática de lawfare, tal como sempre sustentamos”.

Redação

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