Jogo Sujo

Grupo desviou R$ 2 milhões de verbas da Finatec para pesquisas científicas

PF

Uma quadrilha que desviava verbas destinadas a projetos de pesquisas científicas financiados pela Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), vinculada à Universidade de Brasília (UnB), e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), estão no alvo da Polícia Federal. A Operação Klopês foi deflagrada nesta terça-feira (21/9) no Distrito Federal e em Minas Gerais, com 11 mandados de busca e apreensão sendo cumpridos.

O valor das fraudes cometidas entre os anos de 2015 e 2020 podem chegar a R$ 2 milhões, em projetos que receberam mais de R$ 10 milhões de verbas federais. Os recursos destinados aos projetos são de origem federal, tendo sido financiados pelo Ministério da Economia, Superior Tribunal Militar (STM) e Ministério da Educação. Os alvos da operação, que não tiveram a identidade revelada, usavam o dinheiro para pagar viagens não relacionadas aos projetos e transferiam valores para contas pessoais. Os envolvidos faziam pagamentos em duplicidade a bolsistas e usavam os recursos dos projetos para alugar imóvel de luxo em Brasília.

Os envolvidos podem responder por peculato e lavagem de dinheiro. A pena para os crimes é de até 22 anos de prisão. A Operação Klopês veio à tona após uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) identificar possível esquema de desvio de recursos públicos.

Além disso, a CGU informou que identificou favorecimento pessoal às empresas ligadas ao coordenador do projeto, além da “manipulação indevida de documentos”, que visava prestação de contas junto aos órgãos que repassavam os recursos.

O nome da Operação Klopês é de origem grega e corresponde ao termo que designa crimes contra o patrimônio, incluindo o de peculato.

Redação

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