Jogo Sujo

Kassab é indiciado por receber propina de R$ 58 milhões com base em delação de Wesley Batista

Gilberto Kassab Agencia Brasil

A Polícia Federal indiciou hoje (22/02) o ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, por falsidade ideológica eleitoral, crime conhecido por caixa 2; lavagem de dinheiro, corrupção e associação criminosa. A investigação se baseia em delação premiada de executivos do Grupo J&F. O dinheiro recebido não teria sido contabilizado em campanhas eleitorais.

Em acordo homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2017, os empresários e colaboradores da Justiça Wesley Batista e Ricardo Saud afirmaram ter repassado R$ 58 milhões a Gilberto Kassab. Desse total, R$ 30 milhões se referem ao pagamento mensal de R$ 350 mil que os empresários afirmaram ter feito a Kassab entre 2010 e 2016. Os delatores esperavam contar com o poder de influência do político, em “eventual demanda futura de interesse da J&F”. Os outros R$ 28 milhões teriam sido pagos ao diretório nacional do PSD,  presidido na época por Gilberto Kassab.

O que diz a defesa do ex-prefeito e ex-ministro

O inquérito era conduzido por integrantes da PF na chamada “Lava Jato Eleitoral” – grupo de policiais federais e promotores eleitorais paulistas a partir de delações feitas à extinta força-tarefa de Curitiba. Em 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) mandou para as justiças eleitorais os casos de corrupção e lavagem de dinheiro relacionados a caixas 2 de campanhas eleitorais.

O ex-ministro do governo Temer disse que “apresentou farta documentação que demonstra, de forma cabal e inequívoca” que os pagamentos se referem a serviços prestados e executados por empresas e que irá provar a lisura de seus atos. “Kassab reafirma a lisura de seus atos e sua total confiança na Justiça e no Ministério Público, com a certeza de que restará comprovada a correção de todos os atos apurados”, afirmaram em nota seus advogados.

Redação

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