Jogo Sujo

MP investiga empresas que participavam de esquema na Assembleia Legislativa de Mato Grosso

Assembleia Legislativa Mato Grosso

O Ministério Público de Mato Grosso instaurou nove inquéritos com o objetivo de investigar um esquema de corrupção na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) envolvendo empresas privadas. A suspeita é a existência de propinas mensais aos deputados estaduais em valores de até R$ 50 mil. Todas as investigações serão conduzidas pelo promotor de Justiça do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público, Célio Fúrio.

A investigação é um desdobramento da colaboração premiada do ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD), apontado como um dos políticos mais poderosos do Mato Grosso. Ex-presidente da ALMT, ele cumpre atualmente prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica e aceitou devolver R$ 92 milhões em oito parcelas aos cofres públicos. O acordo de Riva com o MP tem 58 anexos que narram condutas ilícitas de pessoas físicas e jurídicas quando o ex-deputado fazia parte da Mesa Diretora da ALMT.

Para conseguir pagar as propinas, a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa estabelecia que as empresas beneiciadas tinham que se comprometer em devolver parte do dinheiro recebido. O percentual devolvido em cada contrato poderia chegar a 30%. Notas fiscais falsas ou superfaturadas eram usadas no esquema.

Entre as empresas investigadas estão a Aker Consultoria e Informática Ltda; a C.L. Chacon ME; a Costa Comércio e Representações Ltda; a Editora de Liz Ltda; a Gráfica e Editora Coelho Ltda; a Paper Brasil Turismo e Serviços Ltda e a X Nova Fronteira Construções.

Recentemente, o MPE abriu outros inquéritos com o objetivo de apurar a conduta de ex-deputados e ex-vereadores, delatados por José Riva.

 

Redação

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