Prefeito de Cuiabá é afastado por suspeita de crimes na gestão da Saúde

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), foi afastado do cargo nesta terça-feira (19/10) por determinação da Justiça de Mato Grosso. Ele é investigado por suposta organização criminosa que realizava contratações irregulares de servidores temporários na Secretaria Municipal de Saúde. De acordo com a denúncias da Procuradoria-Geral de Justiça, tais contrações eram feitas com o objetivo de atender interesses políticos de Emanuel Pinheiro.

A Operação Capistrum foi deflagrada pela Polícia Civil também nesta terça-feira para cumprir mandados de busca, apreensão e sequestro de bens do prefeito Emanuel Pinheiro e de sua esposa, Márcia Aparecida Kuhn Pinheiro, além de outros suspeitos. As demais pessoas investigadas são o chefe de gabinete, Antônio Monreal Neto, que também foi detido com mandado de prisão temporária; a secretária adjunta de Governo e Assuntos Estratégicos, Ivone de Souza; e o ex-coordenador de Gestão de Pessoas Ricardo Aparecido Ribeiro. Os que ainda ocupam cargos foram afastados de suas funções públicas.

O prefeito Emanuel Pinheiro divulgou, no próprio site da Prefeitura de Cuiabá uma nota oficial na qual ele afirma ter recebido “com surpresa” a decisão da Justiça de afastá-lo do cargo. Ele afirmou que permanece “à disposição das autoridades competentes” e que vai “colaborar para o pronto esclarecimento dos fatos”.

Uma CPI dos Medicamentos ainda está em andamento na Câmara Municipal de Cuiabá.  Em depoimento à Comissão, o representante legal da Norge Pharma, Patric Pablo, confirmou a denúncia da ex-secretária de Saúde de Cuiabá, Elizeth Lúcia Araújo, de que a Prefeitura pagava por um produto e solicitava à empresa a entrega de outro.