Jogo Sujo

Prefeitura de SP pagará sem licitação R$ 100 milhões a empresa estrangeira pelo GP de F1

autódromo de Interlagos

A prefeitura de São Paulo vai pagar um montante de R$ 100 milhões para uma empresa ligada ao governo de Abu Dhabi operacionalizar cinco edições do Grande Prêmio de São Paulo de Fórmula 1 em Interlagos. As corridas estão previstas para acontecer entre 2021 e 2025.  A prefeitura paulistana ainda pagará um valor anual à Fórmula 1 pelo direito de realizar as corridas. O valor pago não foi revelado, pois  a gestão de Bruno Covas (PSDB) decretou sigilo sobre os detalhes do negócio, incluindo o montante.

Nos anos anteriores, a administração municipal não chegou a pagar diretamente para sediar a Fórmula 1. Os recursos dos cofres públicos eram investidos para melhorar a pista do Autódromo de Interlagos, que pertence ao município, mas não para os organizadores ou promotores do evento.

Prefeito Bruno Covas decreta sigilo sobre valores e detalhes do contrato

O Rio de Janeiro havia oferecido mais de R$ 200 milhões ao ano e perdeu o leilão. A prefeitura de São Paulo não informou quanto vai gastar para ter a corrida e não respondeu por que motivo não houve licitação para essa contratação. Quando o governador João Doria (PSDB) anunciou, no ano passado, que a etapa brasileira da Fórumula 1 continuaria sendo realizada em São Paulo, não deu explicações sobre como seria feito o negócio.

Em dezembro, quando o acordo foi confirmado entre a F1 e a administração municipal, foi informado que o Grande Prêmio passaria a ser “promovido pela Brasil Motorsport, empresa detida por entidades de investimento controladas pela Mubadala, uma empresa global de investimento do governo de Abu Dhabi”. Porém, a empresa promotora, ao invés de patrocinar a corrida, vai receber dinheiro devido ao evento.

De acordo com as informações publicadas no Diário Oficial, o acordo é para “contratação de empresa para realização do Grande Prêmio São Paulo de Fórmula 1”. O valor chega a R$ 20 milhões por ano, até o ano de 2025. A prefeitura impôs sigilo também sobre o contrato . Até a última corrida, a detentora dos direitos do GP Brasil era a International Publicity, do empresário húngaro naturalizado brasileiro Tamas Rohonyi, que há 30 anos é o promotor da prova.

Redação

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