Jogo Sujo

Secretaria de Inteligência em Manaus era centro de extorsões a empresários, denuncia MP

samir freire

A Secretaria de Inteligência (Seai), da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), funcionava como um centro de extorsões em casos de desvio de cargas irregulares de ouro, em Manaus. Essa á denúncia do Ministério Público do Amazonas (MP-AM) junto à Justiça. Imagens da abordagem de policiais a um empresário foram captadas por câmeras de segurança.

O esquema funcionava da seguinte forma, de acordo com o MP:  o delegado Samir Freire e um grupo de policiais pediam dinheiro para liberar as cargas e ameaçavam empresários com flagrantes forjados. Pelo menos 60 quilos de ouro já teriam sido desviados. Três policiais civis e o delegado Samir Freire foram denunciados à Justiça por corrupção e associação criminosa, mas respondem às acusações em liberdade. Eles chegaram a ser presos em julho durante operação do MP e da Polícia Federal.

Imagens de câmeras de segurança do Aeroclube de Manaus mostram um grupo de policiais abordando o empresário Wagner Flexa, que está na pista, dentro de seu jato particular, com 7 kg de ouro. Os policiais levam o empresário para a Secretaria de Inteligência do Governo do Amazonas.

O empresário contou à polícia que é garimpeiro no Pará e que foi abordado por homens armados dentro do seu avião, que se identificaram como policiais, Eles tiraram o ouro da mochila do empresário e colocaram em uma cuba de gelo, segundo o depoimento.  Mais de um quilo de ouro foi pago como propina para liberar o empresário. O empresário depois descobriu que os policiais ficaram com 1,25 kg a mais. Ele então denunciou o caso para a polícia.

O Ministério Público apurou que os policiais civis envolvidos na extorsão articulada na Secretaria de Segurança Pública do Amazonas trabalharam como seguranças que negociavam ouro. Eles tinham informações privilegiadas sobre carregamentos de ouro que chegavam ou saíam de Manaus.

Redação

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