Jogo Sujo

Secretário de Transportes de SP e pesquisador da Fiocruz são presos em operação contra desvios na Saúde

A força tarefa da Lava Jato prendeu, nesta quinta-feira (6/8), Alexandre Baldy, secretário estadual de Transportes Metropolitanos de SP, por suspeita de fraudes na Saúde. Outras duas pessoas foram presas, entre elas um pesquisador da Fiocruz, Guilherme Franco Netto.

As prisões do secretário e do pesquisador são temporárias. O prazo é de cinco dias, mas pode ser prorrogado.

As prisões são parte da Operação Dardanários, contra desvios na Saúde no Rio de Janeiro e em São Paulo, envolvendo órgãos federais. A PF afirma que identificou “conluio entre empresários e agentes públicos, que tinham por finalidade contratações dirigidas”.

Resumo:

Alexandre Baldy, que foi deputado federal por Goiás e ministro das Cidades no governo do ex-presidente Michel Temer, é apontado por atos suspeitos antes de assumir a pasta no governo de São Paulo.

Segundo a investigação, Baldy usou da influência dos dois cargos para intermediar contratos, sobre os quais ganharia um percentual.

Entre os contratos investigados estão o de Organizações Sociais (OSs) com o Hospital de Urgência da Região Sudoeste Dr. Albanir Faleiros Machado (Hurso), em Goiás; com a Junta Comercial Goiana e com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa/Fiocruz).

Baldy ainda teria oferecido vantagem a um colaborador para não entregar o esquema.

Em endereço ligado a Baldy em Brasília, foram apreendidos R$ 90 mil em dois cofres.

Baldy é, atualmente, responsável pelo metrô paulistano e pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. Ele foi preso em casa, no bairro dos Jardins, mas, até por volta de 10h, a PF e a assessoria do secretário disseram que Baldy ainda estava na residência.

O pesquisador da Fiocruz Guilherme Franco Netto foi preso em Petrópolis, na Região Serrana do RJ.

O terceiro alvo de mandado de prisão seria uma pessoa que trabalhou com Baldy em Brasília e em São Paulo, mas o nome dele não foi divulgado.

Seis mandados de prisão e 11 de busca e apreensão

O juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do RJ, expediu seis mandados de prisão e 11 de busca e apreensão em Petrópolis (RJ), São Paulo, São José do Rio Preto (SP), Goiânia e Brasília.

A operação desta quinta é um desdobramento das investigações realizadas no âmbito das operações Fatura Exposta, Calicute e SOS.

Os suspeitos responderão pelos crimes de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Segundo a PF, dardanários são “agentes ‘de negócios’, atravessadores que intermediavam as contratações dirigidas”.

Foto: Reprodução de TV

Redação

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