Jogo Sujo

Auditores fiscais que favoreciam supermercado Atacadão são denunciados pelo MP de SP

MP de SP

Segundo os promotores, rede deixou de receber multas através do pagamento de propina e emissão de notas fiscais frias

O Ministério Público de São Paulo apresentou denúncia contra o ex-auditor fiscal do município de São Paulo, José Rodrigo de Freitas; o engenheiro da Subprefeitura da Vila Maria, José Carlos Romero; representantes da rede de supermercados Atacadão (Carlos Augusto Monteiro Barros, John Kenedy Oliveira, Sergio Garcia Martins e Marco Aurélio Natale da Silva) e o empresário Gil de Deus Rodrigues, por crimes de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

De acordo com o Grupo Especial de Repressão a Delitos Econômicos (Gedec), Freitas e Romero usaram seus cargos públicos para receber vantagens indevidas dos representantes do Atacadão, interessados em impedir lavratura de multas, fiscalização e fechamento de estabelecimentos irregulares. O acerto previa também favorecimento no processo de regularização e expedição de alvará de funcionamento de estabelecimentos. As propinas eram pagas de maneira dissimulada através de notas fiscais frias emitidas pela empresa de Rodrigues.

O esquema foi desvendado a partir de trabalhos de investigação iniciados em 2013 pelo MP de SP, em parceria com a Controladoria Geral do Município. Os auditores fiscais envolvidos apresentavam patrimônio incompatível com seus rendimentos. Eles eram responsáveis pelas fiscalizações dos tributos municipais, dentre eles Imposto Sobre Serviços (ISS) e Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).

O ex-auditor Freitas responde a outras quatro ações penais movidas pelo MP por crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro. Em duas deles ele já foi condenado, em primeira instância, a penas que somam 60 anos de reclusão.

 

Redação

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