Jogo Sujo

Ex-subsecretário de Saúde do RJ e mais três são presos por fraudar compra de respiradores

respiradores

Gabriell Neves é um dos acusados de contratar por preço acima do mercado empresa de informática não especializada em insumos médicos

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Polícia Civil cumprem na manhã desta quinta-feira (7/5) cinco mandados de prisão contra acusados de integrar uma organização criminosa envolvida na compra de respiradores pelo governo do estado para o combate ao  coronavírus. Além das prisões preventivas, 13 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em endereços da capital fluminense. Um dos presos é Gabriell Neves, ex-subsecretário estadual de Saúde, e mais três pessoas.

Conforme o blog havia noticiado, Gabriell Neves havia sido exonerado pelo governador Wilson Witzel há 15 dias após a divulgação de denúncias de fraudes em contratos sem licitação para compras emergenciais.

Também foram presos durante a operação, batizada de Mercadores do Caos, Gustavo Borges da Silva e Aurino Batista de Souza Filho, além de outra pessoa cujo nome ainda não foi divulgado. Aurino faz parte da A2A Comércio Serviços e Representações LTDA, uma empresa de informática que ganhou contrato para fornecer respiradores e que não é especializada na área.

A organização criminosa teria sido estruturada para obter vantagens em atos emergenciais sem necessidade de licitação, em meio à pandemia. Há indícios de um superfaturamento de cerca de R$ 4,9 milhões, já que 50 respiradores tinham sido comprados por R$ 9,9 milhões, preço que seria o dobro do valor de mercado.

Uma dos atos suspeitos de Gabriell Neves na Saúde é a contratação por R$ 76,5 milhões da empresa OZZ Saúde Eireli para a gestão do Samu na cidade do Rio de Janeiro, que antes era feita exclusivamente pelo Corpo de Bombeiros.

A operação Mercadores do Caos é liderada pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC), com o apoio do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Sonegação Fiscal e aos Ilícitos contra a Ordem Tributária (GAESF/MPRJ), de agentes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e da Delegacia (DELFAZ).

“O material apreendido servirá para instruir as próximas etapas da investigação que está em andamento”, limitou-se a informar o MP.

Redação

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