Jogo Sujo

Witzel exonera subsecretário da Saúde Gabriell Neves após denúncias de fraudes

Gabriell Neves

Ele já tinha sido afastado temporariamente na semana passada por suspeitas de fraudes em contratos sem licitação para compras emergenciais

O governador Wilson Witzel exonerou nesta segunda-feira (20/4) o subsecretário executivo da Saúde, Gabriell Carvalho dos Santos. A decisão foi publicada no Diário Oficial do estado.

Conforme o blog havia noticiado na semana passada, ele havia sido afastado do cargo de forma temporária pelo secretário de Saúde, Edmar Santos, após a imprensa divulgar a informação de que as aquisições de equipamentos e leitos sem licitação, no valor de R$ 1 bilhão, foram colocadas em sigilo de forma irregular. Dessa forma, ele s é suspeito de irregularidades em contratos assinados pela pasta no combate ao coronavírus.

Algumas ações do subsecretário são apontadas como suspeitas, como a a montagem dos hospitais de campanha elo Instituto de Atenção Básica Avançada à Saúde (IABAS), Organização Social (OS) que já estava proibida de participar de novas licitações por dois anos no município do Rio, por erros administrativos graves nas UPAs de Costa Barros e Madureira, e a contratação de uma empresa para gerenciar serviço de Samu por R$ 76 milhões, sem licitação, que, anteriormente, era exercido pelo Corpo de Bombeiros.

Maior parte da verba será direcionada para OS Iabas em contratos emergenciais sem licitação
O Governo do Rio de Janeiro gastou cerca de R$ 1 bilhão para fechar contratos emergenciais, sem licitação, para o combate ao coronavírus para a compra de respiradores, máscaras e testes rápidos. A maior parte deste dinheiro, quase R$ 836 milhões, seria destinada a Iabas.

O subsecretário de Saúde contratou por R$ 76,5 milhões a empresa OZZ Saúde Eireli para fazer a gestão do SAMU na cidade do Rio de Janeiro, que antes era feita exclusivamente pelo Corpo de Bombeiros. Ao fundamentar a compra, a secretaria cita a lei federal 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, que permite a contratação de serviços “destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus”.

Na notícia presente no site da pasta, no entanto, o próprio governo diz que a mudança na gestão do Samu não foi fruto da pandemia – que sequer é mencionada na notícia –, mas sim por uma determinação do Tribunal de Contas do Estado.

Redação

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