Redação
O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça a condenação do ex-ministro José Dirceu por lavagem de dinheiro. O ex-ministro é acusado de receber propina da Engevix e da UTC em um processo oriundo da Operação Lava Jato. Também foi pedida pediram a condenação do ex-diretor da Engevix Gerson Almada e do irmão do ex-ministro Luiz Eduardo de Oliveira e Silva pelo mesmo crime.
Segundo os procuradores, a origem das propinas eram acertos de corrupção envolvendo contratos da Petrobras, pela ascendência de José Dirceu sobre a Diretoria de Serviços da estatal. De acordo com a denúncia, foram pagos pela Engevix R$ 900 mil à Entrelinhas, empresa que prestou serviços de comunicação ao ex-ministro. Já a UTC teria repassado R$ 1,5 milhão por supostos serviços de consultoria a uma empresa de José Dirceu, a JD Consultoria, mas sem nenhum serviço prestado, conforme a denúncia.
A denúncia do MPF havia sido aceita pela Justiça Federal em 2018. Até então, Dirceu se tornava réu pela terceira vez e havia sido condenado por corrupção e lavagem de dinheiro em dois processos da operação. O petista deixou a prisão em novembro de 2019, após ter sido preso a uma condenação de 8 anos e 10 meses. Ele ficou preso outras duas vezes: entre 2015 e 2017 e em 2018.
Os procuradores ainda pediram o bloqueio de R$ 2,4 milhões dos réus e querem que os acusados paguem multas de R$ 1,8 milhão e R$ 3 milhões, o dobro dos valores desviados. Além disso, pede que os três, caso condenados, comecem o cumprimento da pena em regime fechado.
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