Jogo Sujo

Suspeito de regalias na prisão, Cabral volta para unidade de segurança máxima

Sergio Cabral

O ex-governador do Rio  de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, será transferido de volta para o Complexo Penitenciário de Gericinó, unidade de segurança máxima, em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (2/5). A mudança será feita após fiscais encontrarem fortes indícios de regalias na Unidade Prisional da Polícia Militar, onde está detido. Além de Cabral, outros presos, suspeitos de regalias, da mesma ala do batalhão, serão transferidos.

Fiscais encontraram nas celas aparelhos de telefone celular, anabolizantes, cigarros eletrônicos e listas de encomendas a restaurantes. Em imagens transmitidas pelo programa Fantástico mostram a equipe da Vara de Execuções Penais entrando no presídio, quando Sérgio Cabral Filho estava em uma área externa com o preso  Claudio Luiz de Oliveira, tenente-coronel condenado pelo assassinato da juíza Patricia Acioli, em 2011.

Dentro de uma sacola apreendida, havia dois celulares, R$ 4 mil em dinheiro e cigarros de maconha. Em uma das mesas, foi apreendido um caderno com registros de pagamentos em dinheiro, cartões de crédito e débito e para um aplicativo de comida. Um dos recibos relatava a compra de um “banquete” árabe no valor total de R$ 1.508, pedido na semana anterior, com esfihas, kafta e lentilha.

“Nesse momento que os fiscais entraram na galeria, eu vi que havia uma porta ao lado e, antes de eu entrar, eu vi esse policial que é preso recebendo uma sacola verde. Quando ele me viu, ele ficou sem ação e jogou a sacola por cima da cerca. Mas acho que ele se assustou e não jogou com tanta força. Ela caiu dentro da unidade. E ao lado dessa área onde se encontrava esse policial, nós vimos, nas filmagens, que só se encontravam o senhor Sergio Cabral e o coronel Claudio. Então há um indício de que esse material fosse deles”, afirmou o juiz Marcelo Rubioli, responsável por determinar a transferência de Cabral para Gericinó.

O ex-governador fluminense foi condenado a mais 33 anos de prisão por crimes investigados pela Operação Lava Jato, conforme o blog noticiou em 2019. Ele está preso desde desde 2016. Em janeiro de 2021, Sérgio Cabral sofreu nvoa condenação: uma pena de 11 anos e três meses de prisão por corrupção passiva envolvendo contratos da Fundação Departamento de Estradas de Rodagem do Rio (DER-RJ).

 

Redação

Comentar